quarta-feira, 6 de abril de 2011

As estações estão a mudar, o meu coração triste anseia por ouvir a doce melodia da tua voz, a luz sombria do dia está a perder-se, arrumo o corpo um pouco, encolho as extremidades e choro. Queria-te levar através do rio, pelas margens, pelas estrelas, buracos de luz que o horizonte evoca. É nas falésias que me nasce o coração quanto te lembro, o teu sorriso na proa à espera da maré alta ou do vento do sul. As alamedas de árvores ciprestes, as mascaras de pássaros e abelhas, as pétalas das rosas brancas, o vento a soprar, e tu, não vais encontrar o teu luar, o teu luar é o meu, feito de partes do corpo que abraçaste, entre os rostos procuro o teu, deserto!

Cai a chuva pelo vidro da minha janela e com elas algumas lágrimas se soltam dos meus olhos, estava a tentar não chorar, mas os gritos de revolta magoam o coração apertado de memórias e de doces lembranças, recentes ou não, foram apenas a transcendência do sentir pelo além da alma perdida.

As minha lágrimas continuam a cair no mar....especial!


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