
A saudade mata, lentamente fica a morder a falta, doí em sítios que eu sei la, porque há lugares feitos, feitos do meu corpo, lugares meus, lugares de ninguém. Por hoje é tudo, a saudade bate-me à porta com uma sapatada no lado esquerdo da face.
...o sol brilhava, o céu estava azul como nunca e a brisa batia-me na face como de caricias se tratasse, o dia estava destinado a ser perfeito (momentos que me deixam saudade)...dei entrada no comboio, coloquei o pé bem firme no primeiro degrau, movi o outro e assim sucessivamente até que dei por mim a chegar ao destino. Espreitei, primeiramente quis respirar o ar daquela cidade, que de mágica tem tudo, depois sim deambular de forma mágica pelo infinito....
(Poderia descrever o dia todo, mas não possuo capacidades de escrita para tal)
Quero apenas agradecer à pessoa que esteve comigo e que proporcionou um dia mágico...quero também agradecer-te por estares ao meu lado neste momento tão dificil...amo-te
... a música foi mágica...
Hoje escrevo, escrevo o que me corre nas veias, escrevo porque julgo ser prependicular ao horizonte que um dia me matará. Sento-me, a luz está baixa, lá ao fundo o rádio toca a música da morte, são horas de dar força à escrita....O meu relógio marca 19horas e 4 minutos , as horas comem os minutos, os minutos os segundos, e esses, dizem-me que o tempo é escasso, pelo menos para um ser como eu...continuo a escrever, as lágrimas razuram me a face, a escrita é tresloucada, desnecessária mas ainda assim precisa. Sinto o meu corpo a latejar, a fracassar, a verter toda a tinta como se a morte o chamasse, quero apenas gritar a este mundo "o caminho esta errado", é tão simples como isto. São dois compassos de espera, uma vida por viver, e uma história triste que ficará de certo, para um dia alguém ler....
"o jovem que de morte morreu, que do corpo faleceu , e das palavras fez um sonho impossível..."
eu que do alto da minha tristeza declaro fim à vida, digo " venham ele(s)! "
dou por fim as horas,