domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ferve sem doer ...

Hoje, domingo, 5 dias antes de festejar o meu nascimento, acordei em tom nostálgico, sentei-me na cadeira do quarto, movi a cabeça para o lado que me dá mais jeito e vi através do vidro um futuro próximo...as nuvens moviam-se como se soubessem o que se avizinha, o sol servia de alimento ás maquinas que produzem oxigénio e a lua, lá bem no alto gritava ao mundo. A música em tom agradável, que paira no silêncio da divisão da casa mais sombria, alimenta os pesadelos da alma, que descansa em paz mesmo que não tenham acreditado que era capaz. As partes com que foram feitos os sonhos partiram-se, e as metades, de que agora são feitos não se traduzem ao acaso, e pode faltar tempo, espaço, pode faltar vontade, mas a lágrima tem de ser chorada.
A saudade mata, lentamente fica a morder a falta, doí em sítios que eu sei la, porque há lugares feitos, feitos do meu corpo, lugares meus, lugares de ninguém. Por hoje é tudo, a saudade bate-me à porta com uma sapatada no lado esquerdo da face.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Escolhas do tempo...


... o quarto está escuro, a música deambula pelas extremidades gélidas do quarto, lá atrás a cama está feita, espera o precioso sono do alguém...la fora a chuva enluta a viagem, solta-se o ruído incauto na madrugada sombria, um aperto no coração é sentido, bate, não é mais do mesmo. Contínuo a escrita, solto uma palavra por entre as articulações mortas da insistência sombria, dou mais da mesma, apago, o verso já estava escrito. Morri, são dois passos, um espelho, partiu-se. Morreu do certo.....foi o fim. Volto ao princípio, está escuro na mesma, a música deambula como outrora, a cama está feita, espera o precioso sono do alguém....la fora o brilho transcende qualquer alma....são duas da mesma ou a subtracção de uma terceira, olha! rodeia! Morre! Foi o fim, volto ao princípio!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A vida sem cor ...




...é sem dúvida frustrante morrer sem dar cor a vida, são pequenos gestos que magoam, que me fazem ver que a vida é só para alguns. Podia pintar de azul, amarelo, verde ou até cor-de-rosa, não interessa a cor, queria apenas que a minha vida fosse colorida , e como tal fosse vivida na sua plenitude máxima. Hoje, dou por mim sem forças, exausto ainda dou vida a escrita, e junto vogais na tentativa que alguém lá no alto me ouça...a minha dúvida resde apenas na clarificação de alguns substantivos desconexos, será que a vida é vida?ou é apenas a morte a ser vivida?...

...lágrima a lágrima dou cor as vogais que me comem a alma...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje, 10 de Fevereiro de 2011, tento escrever enquanto ainda me restam forças. Vou falar de alguns dos bons momentos que a vida me proporcionou. Foi uma tal viagem ...


...o sol brilhava, o céu estava azul como nunca e a brisa batia-me na face como de caricias se tratasse, o dia estava destinado a ser perfeito (momentos que me deixam saudade)...dei entrada no comboio, coloquei o pé bem firme no primeiro degrau, movi o outro e assim sucessivamente até que dei por mim a chegar ao destino. Espreitei, primeiramente quis respirar o ar daquela cidade, que de mágica tem tudo, depois sim deambular de forma mágica pelo infinito....


(Poderia descrever o dia todo, mas não possuo capacidades de escrita para tal)


Quero apenas agradecer à pessoa que esteve comigo e que proporcionou um dia mágico...quero também agradecer-te por estares ao meu lado neste momento tão dificil...amo-te


... a música foi mágica...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A agonia constante ...


Hoje escrevo, escrevo o que me corre nas veias, escrevo porque julgo ser prependicular ao horizonte que um dia me matará. Sento-me, a luz está baixa, lá ao fundo o rádio toca a música da morte, são horas de dar força à escrita....O meu relógio marca 19horas e 4 minutos , as horas comem os minutos, os minutos os segundos, e esses, dizem-me que o tempo é escasso, pelo menos para um ser como eu...continuo a escrever, as lágrimas razuram me a face, a escrita é tresloucada, desnecessária mas ainda assim precisa. Sinto o meu corpo a latejar, a fracassar, a verter toda a tinta como se a morte o chamasse, quero apenas gritar a este mundo "o caminho esta errado", é tão simples como isto. São dois compassos de espera, uma vida por viver, e uma história triste que ficará de certo, para um dia alguém ler....


"o jovem que de morte morreu, que do corpo faleceu , e das palavras fez um sonho impossível..."

eu que do alto da minha tristeza declaro fim à vida, digo " venham ele(s)! "


dou por fim as horas,