domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ferve sem doer ...

Hoje, domingo, 5 dias antes de festejar o meu nascimento, acordei em tom nostálgico, sentei-me na cadeira do quarto, movi a cabeça para o lado que me dá mais jeito e vi através do vidro um futuro próximo...as nuvens moviam-se como se soubessem o que se avizinha, o sol servia de alimento ás maquinas que produzem oxigénio e a lua, lá bem no alto gritava ao mundo. A música em tom agradável, que paira no silêncio da divisão da casa mais sombria, alimenta os pesadelos da alma, que descansa em paz mesmo que não tenham acreditado que era capaz. As partes com que foram feitos os sonhos partiram-se, e as metades, de que agora são feitos não se traduzem ao acaso, e pode faltar tempo, espaço, pode faltar vontade, mas a lágrima tem de ser chorada.
A saudade mata, lentamente fica a morder a falta, doí em sítios que eu sei la, porque há lugares feitos, feitos do meu corpo, lugares meus, lugares de ninguém. Por hoje é tudo, a saudade bate-me à porta com uma sapatada no lado esquerdo da face.



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