terça-feira, 10 de maio de 2011

Entram alguns raios de sol pelo vidro da minha janela e com eles algumas lágrimas se soltam dos meus olhos, estava a tentar não chorar mas não é possível porque os meus gritos de revolta magoam o coração apertado de memórias e lembranças boas. Nunca estarei sozinho porque me tenho a mim mesmo, tenho a magia que foi criada em nosso redor. Saudades ? Sim algumas, decipam-se com o tempo por entre as lágrimas perdidas…

Fico aqui. Olho o final da rua e vejo o teu vulto afastar-se com o maior desprezo que alguma vez me podiam dar, quando olho ao meu lado ainda aqui estás, podes ir que daqui não sais, dentro de mim ficará o teu lugar eterno que apesar de todas as turbulências nunca deixará de ser teu.

Descanso os meus sentidos só para poder espremer mais um pouco deste amor “falhado”, tão grande que o gastei aos poucos sem me dar conta...

Kiss me

Quis então ser noite, cobrir o corpo de escuridão e sentar-me a um canto, com as mãos descoloradas e a garganta vazia....17 horas e 16 minutos, estou à espera de ver nascer as sombras sobre a orla dos candeeiros, até te ver passar com o corpo encolhido e aquele teu sorriso perfeito a olhar para mim :) quis então despertar o amor de dentro do peito, e gritar bem baixinho, meia dúzia de silêncios desses que mordem e matam sem que nos demos conta. Quero gritar até não restar mais nada a não ser a tua ausência, a ausência e o fulgor que resta deste novo amor. Quero apenas ter um coração a dois :) É da tua pele que se fazem as mãos da ausênsia, o coração, este meu membro morto despertou para uma nova vida....sem ti apenas um papel rasurado e uma caneta na mão me serve de consolo, não há rastos que me conduzam a ti. 17:24 ...letras decoradas, papeis rasurados, e muita magia à mistura, é assim que se encontra a secretária do meu quarto. Peguei no portátil, dei alguns passos, sentei-me a escrever-te, o quarto está quente, lá fora o brilho do sol encurta a viajem do meu rosto ao teu. É primavera :)... debaixo de chuva?...Não parece, balanças o corpo de um lado para o outro, encharcas o mundo de magia e deixas-te ténue nos sentidos.... kiss me....


Quando a chuva sopra o teu rosto e o mundo está dentro de ti, eu poderei oferecer-te um caloroso abraço, um forte gesto que te aquece a alma. Gostava de te prometer que vais ser feliz, apertar-te a alma entre as mãos e susurrar-te ao ouvido "es especial", sem pontos finais escoar-te as lágrimas. Gostava! Mas para isso preciso de certezas, certezas onde o tempo é um espaço perdido. Por agora prometo :) um dia, no banco de um jardim, um qualquer, pintado por estações desocupadas como a minha solidão, prometo que o brilho dos teus olhos daŕa o fulgor máximo ao sentido da tua vida, serás prependicular as linhas deste texto... sei que não ouve poesia na vossa despedida, saiste pelas traseiras e já era noite, sem dizer adeus. Talvez tivesses uma razão para comer o aceno, talvez não, quem sabe...por isso hoje te escrevo, junto palavras na tentativa de te dizer que a solidão ficou entre as paredes da casa, sobre a tijoleira do mundo. Gostava de te pedir que fosses feliz... apenas um sorriso....



terça-feira, 3 de maio de 2011

Realidade incrédula ...

3 de Março de 2011, quem diria que hoje estaria de novo a juntar letras, a formar palavras e a dar sentido a vida que sem dúvida é uma realidade incrédula.

Queria ser capaz de conciliar a alma como se concilia as estrelas, não consigo ...

Um dia escreverei com as minhas mãos ténues de sofrimento, escreverei por entre o duro da vida que não merecia isto, até nos casos mais frágeis se abre uma, duas ou três esperanças… espero que a vida me coma pedaço a pedaço e deite os restos fora !

Não me salvem, preciso de estar lá no fundo !!! Conto os dias, perdido....algures pela estrada....

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

As estações estão a mudar, o meu coração triste anseia por ouvir a doce melodia da tua voz, a luz sombria do dia está a perder-se, arrumo o corpo um pouco, encolho as extremidades e choro. Queria-te levar através do rio, pelas margens, pelas estrelas, buracos de luz que o horizonte evoca. É nas falésias que me nasce o coração quanto te lembro, o teu sorriso na proa à espera da maré alta ou do vento do sul. As alamedas de árvores ciprestes, as mascaras de pássaros e abelhas, as pétalas das rosas brancas, o vento a soprar, e tu, não vais encontrar o teu luar, o teu luar é o meu, feito de partes do corpo que abraçaste, entre os rostos procuro o teu, deserto!

Cai a chuva pelo vidro da minha janela e com elas algumas lágrimas se soltam dos meus olhos, estava a tentar não chorar, mas os gritos de revolta magoam o coração apertado de memórias e de doces lembranças, recentes ou não, foram apenas a transcendência do sentir pelo além da alma perdida.

As minha lágrimas continuam a cair no mar....especial!


quinta-feira, 24 de março de 2011

Sentei-me, abracei o vento, e no fulgor máximo das minhas palavras, decidi ser poeta em tempos de guerra. La atrás o sol brilha, o vento faz-me recuar a uma certa nostalgia, a nostalgia de me ver partir, ou não partir, mas ficar sem palavras para o resto do texto. Queria ser mais do "eu", mais do "tu", eu e tu num grito que magoa a própria voz. A minha vida não é mais do que a subtracção do silêncio incauto, que se apodera de mim durante a perdição do sonho inacabado. Fez-se silêncio, é hora de partir para outra paragem.
O corpo é ténue, a alma está cansada...

segunda-feira, 21 de março de 2011




21 de Março, o mês devora os dias na dissonância do ano corrente. A vida, a vida é sem dúvida algo que poucos sabem definir, viver ou até pronunciar. Viver é sentar-me, apreciar o que me é dado e a partir dai, construir os próprios sonhos, ainda que sejam só sonhos devem ser vividos como se fosse a última presença da vida em nós. "As prioridades mudam", o sol não é mais o mesmo, e viver é a prioridade máxima, absurdo ou não a vida é curta, pelo menos para alguns. Se hoje fosse o último dia da minha vida, queria apenas ver o sol, as árvores em agitação, e o vento a soprar como se magia espalhasse, queria ser apenas mais uma vez o "eu", o "eu" na vida, porque os sonhos são sonhos, mas só são perfeitos quando estamos vivos. A partir daqui, a caminhada é só minha, os passos são os mesmos mas a vontade é outra, o corpo é ténue e reside apenas na fragilidade de uma alma perdida, perdida algures na perdição que perdeu na vida que é uma perca de tempo em algumas circunstâncias.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Dia 4 de Março de 2011, já lá vão alguns dias desde que criei o blog. O tempo vai passando, o corpo habitua-se a fragilidade da alma e as horas rolam num ambiente normal. A minha escrita é apenas um testemunho de que nem sempre, mesmo querendo, conseguimos mudar o destino. A dor é maior em dias como este, perdura, insiste e subsiste à vontade e à força de me libertar ... como disse, é apenas um testemunho...uma escrita entre duas consoantes que dão tom as vogais.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ferve sem doer ...

Hoje, domingo, 5 dias antes de festejar o meu nascimento, acordei em tom nostálgico, sentei-me na cadeira do quarto, movi a cabeça para o lado que me dá mais jeito e vi através do vidro um futuro próximo...as nuvens moviam-se como se soubessem o que se avizinha, o sol servia de alimento ás maquinas que produzem oxigénio e a lua, lá bem no alto gritava ao mundo. A música em tom agradável, que paira no silêncio da divisão da casa mais sombria, alimenta os pesadelos da alma, que descansa em paz mesmo que não tenham acreditado que era capaz. As partes com que foram feitos os sonhos partiram-se, e as metades, de que agora são feitos não se traduzem ao acaso, e pode faltar tempo, espaço, pode faltar vontade, mas a lágrima tem de ser chorada.
A saudade mata, lentamente fica a morder a falta, doí em sítios que eu sei la, porque há lugares feitos, feitos do meu corpo, lugares meus, lugares de ninguém. Por hoje é tudo, a saudade bate-me à porta com uma sapatada no lado esquerdo da face.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Escolhas do tempo...


... o quarto está escuro, a música deambula pelas extremidades gélidas do quarto, lá atrás a cama está feita, espera o precioso sono do alguém...la fora a chuva enluta a viagem, solta-se o ruído incauto na madrugada sombria, um aperto no coração é sentido, bate, não é mais do mesmo. Contínuo a escrita, solto uma palavra por entre as articulações mortas da insistência sombria, dou mais da mesma, apago, o verso já estava escrito. Morri, são dois passos, um espelho, partiu-se. Morreu do certo.....foi o fim. Volto ao princípio, está escuro na mesma, a música deambula como outrora, a cama está feita, espera o precioso sono do alguém....la fora o brilho transcende qualquer alma....são duas da mesma ou a subtracção de uma terceira, olha! rodeia! Morre! Foi o fim, volto ao princípio!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A vida sem cor ...




...é sem dúvida frustrante morrer sem dar cor a vida, são pequenos gestos que magoam, que me fazem ver que a vida é só para alguns. Podia pintar de azul, amarelo, verde ou até cor-de-rosa, não interessa a cor, queria apenas que a minha vida fosse colorida , e como tal fosse vivida na sua plenitude máxima. Hoje, dou por mim sem forças, exausto ainda dou vida a escrita, e junto vogais na tentativa que alguém lá no alto me ouça...a minha dúvida resde apenas na clarificação de alguns substantivos desconexos, será que a vida é vida?ou é apenas a morte a ser vivida?...

...lágrima a lágrima dou cor as vogais que me comem a alma...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje, 10 de Fevereiro de 2011, tento escrever enquanto ainda me restam forças. Vou falar de alguns dos bons momentos que a vida me proporcionou. Foi uma tal viagem ...


...o sol brilhava, o céu estava azul como nunca e a brisa batia-me na face como de caricias se tratasse, o dia estava destinado a ser perfeito (momentos que me deixam saudade)...dei entrada no comboio, coloquei o pé bem firme no primeiro degrau, movi o outro e assim sucessivamente até que dei por mim a chegar ao destino. Espreitei, primeiramente quis respirar o ar daquela cidade, que de mágica tem tudo, depois sim deambular de forma mágica pelo infinito....


(Poderia descrever o dia todo, mas não possuo capacidades de escrita para tal)


Quero apenas agradecer à pessoa que esteve comigo e que proporcionou um dia mágico...quero também agradecer-te por estares ao meu lado neste momento tão dificil...amo-te


... a música foi mágica...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A agonia constante ...


Hoje escrevo, escrevo o que me corre nas veias, escrevo porque julgo ser prependicular ao horizonte que um dia me matará. Sento-me, a luz está baixa, lá ao fundo o rádio toca a música da morte, são horas de dar força à escrita....O meu relógio marca 19horas e 4 minutos , as horas comem os minutos, os minutos os segundos, e esses, dizem-me que o tempo é escasso, pelo menos para um ser como eu...continuo a escrever, as lágrimas razuram me a face, a escrita é tresloucada, desnecessária mas ainda assim precisa. Sinto o meu corpo a latejar, a fracassar, a verter toda a tinta como se a morte o chamasse, quero apenas gritar a este mundo "o caminho esta errado", é tão simples como isto. São dois compassos de espera, uma vida por viver, e uma história triste que ficará de certo, para um dia alguém ler....


"o jovem que de morte morreu, que do corpo faleceu , e das palavras fez um sonho impossível..."

eu que do alto da minha tristeza declaro fim à vida, digo " venham ele(s)! "


dou por fim as horas,